O Programa Bolsa Família é
um dos programas sociais mais consolidados no governo petista, ao longo desses mais
de doze anos. Muito ligado ao combate a pobreza no Brasil, o programa teve
início dentro de um debate de como erradicar a fome do Brasil de uma maneira
mais imediata e também ligada a uma inserção social de grupos específicos que
viviam na linha da pobreza e de extrema exclusão social. Pode-se dizer que esse
debate de erradicação da fome, teve início com o programa “Fome Zero” ,
programa que foi “carro chefe” na campanha de Lula para as eleições de
2002. O programa “Fome Zero” não se
consolidou no governo, mas trouxe a tona o debate da Fome e da extrema pobreza,
desmembrando para diversos programas sociais.
O Bolsa Família, pode ter
surgido desse debate de diversos meios como acabar com a fome no Brasil e principalmente acabar com a
causa da fome, já que o programa quebrou um ciclo de “predestinação” , que
ocorria principalmente no interior do país. Ciclo esse que se quebra a partir
do momento que para se está inserido dentro do programa, as famílias deve
colocar as crianças na escola, ou seja, não precisam trabalhar para complementar a
renda de casa, pois o governo através do BF complementa a renda.
A questão de gênero
levantada no programa é que o dinheiro é dado na mão da mãe, em muitos casos,
as mulheres são “chefes de família” nos
lugares mais pobres e as únicas responsáveis pela educação dos filhos. O que
deve levar em conta que a partir do momento que este benefício é entregue na
mão da mulher, gera uma certa autonomia, dentro de lares que culturalmente quem
domina é o homem. Mas o fator principal é que culturalmente, as mulheres são as
responsáveis pela educação dos filhos e dos cuidados do lar e com isso, sabem
mais onde melhor será utilizado o dinheiro do benefício.
Por outro lado, esse fator
também ajuda a manter o status da mulher como a única responsável pelo lar e
pelos filhos, já que essa tarefa deve ser dividida com o homem.
O BF também tem um papel de
controle social, além de ser sim, um programa assistencialista. Esse controle
das famílias beneficiadas é feito através de um Cadastro único que também é
feito com o auxilio dos municípios e vai para além do acompanhamento do
recebimento do dinheiro. Há o acompanhamento da freqüência escolar das
crianças, além do cadastro para o acompanhamento das crianças nos atendimento
pelo SUS.
Vale ressaltar que por ser
tratar de uma ajuda que não é tão grande, não impede que muitas mulheres,
busquem outra fonte de renda fora do lar. Pesquisas comprovam que é isso que
vem acontecendo ultimamente, principalmente pelo programa ter seu início como
um meio de combate a fome de uma maneira quase que imediata e pode-se dizer que
deu certo, pois atualmente o Brasil saiu da linha da pobreza.
Karlinha Ramalho
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