Há um tempo venho reparado em alguns
homens que veem com o discurso de buscar uma masculinidade saudável, como
reconhecer seus privilégios e se livrar do machismo que também os aprisionam. Está
mais que provado que a masculinidade tóxica mata e oprime as mulheres, fruto de
toda essa construção social que privilegia os homens em detrimento das
mulheres.
Cheguei aos meus 30 anos recentemente
e essa idade é realmente crucial na vida de nós mulheres(acredito eu), muitas
coisas mudam. Nossa forma de ver o mundo, nossa forma de agir e principalmente,
aprendemos com o nossos erros e tentamos não repeti-los. Falo por mim.
Um dos erros que venho tentando não
repetir é sobre relacionamentos. Aprendendo a deixar a carência de lado e não
me submetendo a certas relações. Buscar um caminho de autocura e descobrir que
eu sou suficiente pra mim e que o amor próprio é a minha maior força e dentro
dessa pesperctiva, quem sabe me envolver de uma maneira saudável, tendo
consciência que não preciso ser permissiva demais para que as coisas possam dar
certo. E isso não me cabe só pelo fato de ser mulher. Com certeza, foi sozinha
que consegui buscar essa força, porque
não é saudável envolver ninguém em meus conflitos internos.
E os homens¿ Não que eu queira me intrometer
na jornada deles de autodescoberta e cura dessa masculinidade tóxica. Mas tenho
reparado que a maioria deles criam essa consciência, sempre depois de já terem “bagunçado” à vida de muitas mulheres. É muito difícil um
homem ficar sozinho, mesmo que seja um homem complicado, vai ter sempre alguma
mulher pra “comprar” sua história e quando é ao contrário isso não acontece.
Isso porque há aquele velho costume do homem de usar as mulheres como
“muletas”, pra serem compreensivas com seu momento e ajudá-lo a superar seus
conflitos. E muitas de nós, por carência, aceitamos certas situações e esses “homens
complicados”. E o que acontece na maioria dos casos¿ Os homens sem a certeza do
que querem, machucam muitas mulheres. Esses que estão na busca pela
masculinidade saudável, “sacrificam” muitas nesse processo. Me revolto! Para nós mulheres
essa autodescoberta é sempre um caminho complicado e solitário, até pela falta
de apoio dos homens em relação ao nosso conflito, ou até mesmo porque é
importante que seja um processo nosso. Mas muitos homens não pensam assim,
fazem sua trajetória na busca de sua masculinidade saudável em cima de dores
femininas. E até quando isso será aceito? Quantas vezes já ouvimos: “Nossa!
Fulano mudou mesmo!”. Mudou a que custo? Quantas dores femininas foram aceitas
para que o homem pudesse tornar-se melhor?
Uma coisa eu digo e vai para muitos
homens: Curem-se sozinhos! Não
“sacrifiquem” mulheres nessa jornada para se tornarem homens melhores.
Eu acredito muito na “Lei do Karma” e torço para que faça valer para muitos
homens que ainda usam o discurso de ir contra a masculinidade tóxica, mas não se atentam que enquanto não estiverem
bem resolvidos consigo mesmo, não terão relações saudáveis e machucarão muitas mulheres.
Se envolvam com a certeza que de que serão de fato homens melhores, não nos
enfiem nos seus conflitos internos. Pronto, falei! (SOU DESSAS)
Karlinha Ramalho
Amei amiga o texto. Compartilho do mesmo pensamento. Não podemos aceitar relações toxicas em nossa vida. Infelizmente sofremos muito até descobrirmos o nosso poder. Eu amo ter 32 anos. Estou na melhor fase da minha vida. Posso amar, mas não preciso mendigar!
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